A obesidade é uma doença crônica e crescente no Brasil. Segundo dados recentes, o país está entre os que mais pesquisam sobre cirurgia bariátrica. No entanto, menos de 1% dos pacientes que têm indicação para o procedimento consegue realizar a operação. Mas, afinal, por que isso acontece?

O aumento da procura por cirurgia bariátrica
Nos últimos anos, a busca por informações sobre cirurgia bariátrica atingiu recordes no Google. O interesse da população é justificado: a obesidade já afeta mais da metade dos brasileiros e traz riscos sérios como diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares.
Apesar disso, existe um contraste preocupante. Enquanto a procura cresce, o número de cirurgias realizadas ainda é pequeno em relação à necessidade real da população.
Quem tem indicação para cirurgia bariátrica?
De acordo com o Conselho Federal de Medicina, a cirurgia é indicada para:
- Pacientes com IMC acima de 40, mesmo sem comorbidades.
- Pacientes com IMC entre 35 e 39,9, desde que apresentem doenças associadas como diabetes tipo 2 ou apneia do sono.
- Pessoas com IMC entre 30 e 35, quando há doenças graves associadas (segundo as novas regras de 2025).
Mesmo com critérios claros e ampliados, a realidade mostra que poucos pacientes conseguem chegar até a sala de cirurgia.
Por que apenas 1% consegue operar no Brasil?
Os principais motivos para essa discrepância são:
- Baixo acesso no SUS: embora a cirurgia seja reconhecida pelo Ministério da Saúde, a oferta é limitada. As filas são longas e muitos pacientes não chegam a ser operados.
- Burocracia nos planos de saúde: exigência de laudos, exames e autorizações prolonga o processo e, em alguns casos, leva à negativa da cobertura.
- Custo elevado na rede particular: para quem não tem plano de saúde, o valor da cirurgia pode ser impeditivo.
- Falta de informação: muitos pacientes não conhecem seus direitos ou acreditam que não se encaixam nos critérios para operar.
Impacto dessa realidade
O resultado é preocupante. Milhares de brasileiros que poderiam se beneficiar da cirurgia continuam expostos às complicações da obesidade. Estudos mostram que a cirurgia bariátrica reduz mortalidade, melhora qualidade de vida e controla doenças associadas.
Ou seja, a barreira de acesso impede que uma parte significativa da população alcance um tratamento eficaz e duradouro.
O que pode ser feito para mudar esse cenário?
Para ampliar o acesso, algumas medidas são essenciais:
- Maior investimento público em programas de cirurgia bariátrica no SUS.
- Redução da burocracia nos convênios, com processos de autorização mais ágeis.
- Divulgação clara das novas regras do CFM para que os pacientes entendam seus direitos.
- Expansão do número de centros de referência em obesidade no Brasil.
Conclusão
A cirurgia bariátrica no Brasil é cada vez mais procurada, mas ainda inacessível para a maioria. O contraste entre a alta demanda e a baixa realização precisa ser discutido. Informação, políticas públicas e orientação médica são passos fundamentais para transformar essa realidade.
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