Gastrite é a inflamação da mucosa gástrica, que é o revestimento interno do estômago. Pode ser aguda ou crônica e pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo infecção por bactéria H. pylori, consumo excessivo de álcool, uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) e estresse crônico. A gastrite pode levar a sintomas como dor de estômago, náusea, vômito e perda de apetite. Saiba mais sobre o assunto acompanhando o conteúdo a seguir!

Quais são os fatores de risco para Gastrite?

Os fatores de risco para gastrite incluem:

  1. Infecção pelo H. pylori: É a principal causa de gastrite crônica em todo o mundo. Esta bactéria é transmitida de pessoa para pessoa e pode afetar o revestimento do estômago, resultando em inflamação.
  2. Uso prolongado de anti-inflamatórios não esteroides (AINEs): medicamentos como aspirina, ibuprofeno e naproxeno, quando usados ​​por um longo período de tempo, podem irritar o revestimento do estômago e levar à gastrite.
  3. Consumo excessivo de álcool: O consumo excessivo de álcool pode causar irritação e inflamação no revestimento do estômago, resultando em gastrite.
  4. Refluxo biliar: A bile é produzida no fígado e armazenada na vesícula biliar antes de ser liberada no intestino delgado para ajudar na digestão de gorduras. Quando a bile entra no estômago, pode causar inflamação do revestimento do estômago e resultar em gastrite.
  5. Estresse: O estresse não é uma causa direta de gastrite, mas pode agravar a inflamação do estômago e aumentar a produção de ácido no estômago, agravando os sintomas da gastrite.
  6. Idade avançada: A gastrite pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum em pessoas com mais de 60 anos de idade.
  7. Outros fatores: Além desses fatores, outros fatores de risco para gastrite incluem doenças autoimunes, como anemia perniciosa e doença de Crohn, cirurgias estomacais prévias e estresse físico grave, como queimaduras graves ou cirurgia de grande porte.

Quais os sintomas da Gastrite?

Os sintomas da gastrite podem variar, mas os mais comuns incluem:

  • Dor ou queimação no abdômen, especialmente na região superior, próximo ao esterno;
  • Náuseas e vômitos;
  • Sensação de plenitude após as refeições;
  • Perda de apetite;
  • Arrotos frequentes;
  • Inchaço abdominal;
  • Fezes escuras e com aspecto de borra de café em casos mais graves;
  • Perda de peso.

É importante ressaltar que a presença desses sintomas não necessariamente significa que a pessoa está com gastrite, pois muitas vezes podem ser sinais de outros problemas gastrointestinais. Por isso, é fundamental consultar um médico para obter um diagnóstico preciso.

Como é feito o diagnóstico da Gastrite?

O diagnóstico de GASTRITE é geralmente feito através de uma combinação de exame físico, histórico médico do paciente e exames complementares. O médico pode realizar um exame de endoscopia digestiva alta, que permite visualizar o revestimento do estômago e coletar uma amostra de tecido para biópsia. 

Outros exames complementares podem incluir análise de sangue para detectar a presença da bactéria H. pylori, que pode estar relacionada à gastrite, e exame de fezes para procurar sinais de sangue oculto. Em alguns casos, também pode ser solicitado um exame de imagem, como a tomografia computadorizada ou a radiografia simples do abdômen.

Como funciona o tratamento da Gastrite?

O tratamento da gastrite pode variar de acordo com a causa da doença e a gravidade dos sintomas. Em geral, inclui medidas como:

  1. Alterações na dieta: evitar alimentos irritantes e gordurosos, álcool, cafeína e cigarro, além de realizar refeições menores e mais frequentes ao longo do dia.
  2. Medicamentos: antiácidos, inibidores da bomba de prótons, bloqueadores H2, antibióticos (em caso de infecção por H. pylori), entre outros, podem ser prescritos pelo médico para reduzir a produção de ácido estomacal, aliviar a dor e tratar a infecção bacteriana, se for o caso.
  3. Tratamento da causa subjacente: se a gastrite estiver relacionada a outras doenças, como a doença do refluxo gastroesofágico, a erradicação do H. pylori, ou uso crônico de medicamentos anti-inflamatórios, o tratamento dessa condição subjacente pode ajudar a aliviar os sintomas da gastrite.
  4. Mudanças no estilo de vida: evitar o estresse, dormir o suficiente, praticar atividade física regularmente e manter um peso saudável são medidas importantes para prevenir e tratar a gastrite.

Em casos graves, pode ser necessária a hospitalização para tratamento com medicamentos mais potentes ou intervenções cirúrgicas, embora isso seja raro. É importante lembrar que o tratamento da gastrite deve ser sempre supervisionado por um médico especialista em gastroenterologia ou cirurgia digestiva, que irá orientar o paciente de acordo com sua condição específica.

Em quais casos o tratamento de Gastrite demanda cirurgia?

A maioria dos casos de gastrite é tratada com medicamentos e mudanças no estilo de vida. No entanto, em casos graves em que a gastrite é causada por úlceras ou outras condições subjacentes, a cirurgia pode ser necessária. 

A cirurgia pode ser usada para remover a parte afetada do estômago, reparar as lesões no revestimento do estômago ou tratar outras condições associadas à gastrite, como o refluxo gastroesofágico ou a obstrução gástrica. A decisão de realizar uma cirurgia para tratar a gastrite é feita pelo médico especialista após avaliação clínica e exames complementares.

Como prevenir a Gastrite?

A gastrite é uma inflamação da mucosa do estômago que pode causar dor, queimação, náuseas e outros sintomas desagradáveis. Algumas formas de prevenir a gastrite incluem:

  1. Evitar alimentos que irritam o estômago: alguns alimentos, como café, bebidas alcoólicas, refrigerantes, alimentos gordurosos e apimentados, podem irritar o estômago e desencadear a gastrite.
  2. Comer refeições leves e frequentes: comer várias pequenas refeições ao longo do dia em vez de três grandes refeições pode ajudar a evitar a gastrite.
  3. Evitar o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs): medicamentos como aspirina e ibuprofeno podem irritar o estômago e aumentar o risco de gastrite.
  4. Reduzir o estresse: o estresse pode afetar a digestão e aumentar o risco de gastrite, por isso é importante encontrar maneiras de reduzir o estresse em sua vida.
  5. Não fumar: o fumo pode irritar o estômago e aumentar o risco de gastrite, por isso é importante evitar o uso do tabaco.
  6. Consultar um médico: se você tiver sintomas de gastrite, é importante consultar um médico para obter um diagnóstico e tratamento adequados.

Lembre-se que a prevenção é sempre a melhor opção, mas caso você já tenha gastrite, siga as orientações do seu médico para tratamento e cuidados adequados.

O cirurgião do aparelho digestivo pode desempenhar um papel importante no tratamento da gastrite em casos mais graves, que não respondem ao tratamento convencional com medicamentos e mudanças no estilo de vida. A cirurgia pode ser necessária em casos de gastrite crônica ou quando há complicações, como úlceras ou sangramentos.

No entanto, é importante ressaltar que a cirurgia não é a primeira opção de tratamento para a gastrite, e que apenas um médico especialista pode avaliar a necessidade e a melhor abordagem para cada caso específico. O tratamento da gastrite deve ser personalizado e orientado por um profissional qualificado.

O Dr. Marcos Tadeu Rosário é cirurgião do aparelho digestivo e realiza o diagnóstico e tratamento de Gastrite. Entre em contato e agende a sua consulta!

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