Como tratar a colelitíase?
A Colelitíase é caracterizada pelo acúmulo de cálculos (pedras) na vesícula biliar. Essa condição começa de forma assintomática, porém, com o tempo, surgem dores e desconfortos que afetam significativamente a qualidade de vida.
A origem do problema está ligada a um desequilíbrio na concentração de substâncias na bile, embora a causa exata dessa alteração ainda não seja completamente compreendida.
Se deseja saber mais sobre o assunto, este texto fornecerá uma explicação detalhada sobre a colelitíase. Não deixe de conferir!
Afinal, o que faz a vesícula?
A vesícula biliar é um componente importante do sistema digestivo humano, com formato semelhante a uma bolsa. Sua principal função é armazenar e concentrar a bile produzida pelo fígado, que é posteriormente liberada no intestino delgado. A bile desempenha um papel essencial na emulsificação das gorduras dos alimentos a serem digeridos e ajuda na absorção de nutrientes, como as vitaminas A, D, E e K.
No entanto, o excesso de sais ou colesterol pode levar à formação de cálculos biliares de diversos tamanhos na bile, obstruindo o canal da vesícula conectado ao intestino, provocando dor e desconforto abdominal.
O que é colelitíase e como ela se desenvolve?
A colelitíase ocorre devido ao acúmulo excessivo de substâncias na bile, como colesterol, sais minerais ou bilirrubina (pigmento biliar), levando à formação de cálculos, conhecidos como pedras. Essas pedras ficam retidas nos ductos da vesícula biliar, bloqueando a passagem da bile para o intestino, o que pode causar obstrução e inflamatório.
Quais são os sintomas da colelitíase?
A colelitíase nem sempre apresenta sintomas inicialmente. No entanto, quando os sintomas surgem, geralmente a dor é intensa e localizada na área direita do abdômen.
Além disso, podem ocorrer:
- Mal-estar geral;
- Sudorese excessiva;
- Náuseas e vômitos (acompanhados de dor abdominal);
- Intolerância quando ingerem alimentos gordurosos;
- Dor na parte superior e central do abdômen ou no quadrante superior direito.
Normalmente, esses desconfortos se manifestam cerca de meia hora após as refeições e não são aliviados pelo uso de analgésicos. Portanto, o mais apropriado é procurar assistência médica o mais breve possível.
Diagnóstico
A ultrassonografia abdominal é o exame indicado para a detecção de cálculos na vesícula biliar, com uma sensibilidade e especificidade de 95%. Também é capaz de verificar a presença de lama biliar. Outras alternativas incluem a tomografia computadorizada (TC), a ressonância magnética (RM) e a colecistografia (raio X que mostra o fluxo do fluido de contraste através dos intestinos até a vesícula biliar).
A ultrassonografia endoscópica é particularmente útil na detecção de cálculos menores, com menos de 3 mm, e pode ser necessária quando outros exames não conseguem confirmar o diagnóstico. Geralmente, exames laboratoriais não contribuem significativamente para o diagnóstico da colelitíase.
Tratamento
No tratamento do cálculo na vesícula, vários fatores devem ser considerados, com o principal deles sendo a sintomatologia do paciente. Quando os cálculos causam sintomas, a cirurgia é a indicação principal.
Para os cálculos assintomáticos, uma análise abrangente de todas as variáveis do caso é realizada antes de decidir se a cirurgia é necessária.
A cirurgia laparoscópica trouxe mais flexibilidade quanto à indicação cirúrgica, uma vez que os riscos de complicações são menores em comparação com as complicações da doença (como colecistite, pancreatite e colangite).
Em geral, pacientes com histórico familiar de câncer, doenças hematológicas, cálculos com mais de 1 cm de diâmetro ou presença simultânea de cálculos e pólipos devem ser submetidos à cirurgia, que pode ser convencional, laparoscópica ou robótica.
Se você está sofrendo com sintomas de colelitíase ou deseja obter mais informações sobre o tratamento e diagnóstico dessa condição, não espere mais. Entre em contato e agende uma consulta com o Dr. Marcos Tadeu Rosário, especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo, mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) e da International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders (IFSO).
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