Quem não pode fazer a cirurgia metabólica?

O Diabetes é responsável por uma morte a cada cinco segundos em todo o mundo, totalizando 6,7 milhões de óbitos em 2021, conforme revelado pelo Atlas do Diabetes divulgado pela Federação Internacional de Diabetes. Atualmente, a doença já afeta 537 milhões de adultos entre 20 e 79 anos, com 32 milhões de casos nas Américas do Sul e Central. No Brasil, 90% das pessoas têm diabetes Tipo 2, o qual está relacionado ao sobrepeso e maus hábitos de vida.

cirurgia metabólica

Pacientes diabéticos enfrentam risco maior de complicações visuais, renais, cardíacas, vasculares e neurológicas, o que resulta em taxas de mortalidade elevadas. A cirurgia metabólica busca aprimorar o trato gastrointestinal, impactando não apenas a produção de insulina pelo pâncreas, mas também promovendo a perda de peso.

Neste texto, vamos explicar em detalhes como a cirurgia metabólica é realizada e para quem ela é indicada. Isso ajudará você a tomar uma decisão informada sobre seu tratamento. Não deixe de conferir!

O que é a cirurgia metabólica?

A cirurgia metabólica é um procedimento que, embora envolva também o tratamento da obesidade, seu foco está nas condições associadas ao excesso de peso, ou seja, nas doenças metabólicas. A perda de peso é um efeito secundário desejável. Diversos estudos demostram a eficácia da cirurgia metabólica no controle do diabetes.

Este procedimento pode contribuir para o controle de:

  • Hipertensão arterial;
  • Obesidade;
  • Colesterol alto;
  • Esteatose hepática;
  • Apneia do sono;
  • Diabetes tipo 2.

A técnica empregada é o bypass gástrico, que envolve o grampeamento de parte do estômago, reduzindo o espaço para alimentos, e um desvio do intestino inicial, que promove o aumento da produção de hormônios que dão saciedade e diminuem a fome. O paciente submetido à cirurgia perde de 70% a 80% do excesso de peso.

Para quais casos a cirurgia metabólica é indicada?

Essa operação era recomendada, inicialmente, apenas para pacientes com obesidade, tendo um índice de massa corporal (IMC) acima de 35.

No entanto, em 2017, o Conselho Federal de Medicina reconheceu os benefícios que essa cirurgia poderia proporcionar para pacientes obesos em geral, permitindo que aqueles com um grau menor de obesidade (IMC acima de 30) também fossem considerados para os benefícios dessa cirurgia.

Essa decisão ampliou a disponibilidade da cirurgia para pacientes com doenças mal controladas, reduzindo o sofrimento decorrente de complicações dessas condições.

Para ser considerado um candidato comprovado para a cirurgia metabólica, é essencial passar por uma avaliação de uma equipe médica multidisciplinar e receber as orientações apropriadas.

Benefícios da cirurgia metabólica

Ao considerar a cirurgia metabólica, os pacientes podem esperar uma série de vantagens. Esses benefícios não se limitam apenas ao curto prazo, mas também abrangem o médio e longo prazo.

Estudos científicos estabeleceram uma conexão direta entre a cirurgia metabólica e a redução nas taxas de mortalidade decorrentes de doenças como infarto, acidente vascular cerebral e insuficiência renal.

A eficácia do procedimento se estende também ao controle dos níveis de açúcar no sangue, mesmo em pacientes que apresentam menor grau de obesidade. Essa afirmação é respaldada pela Associação Americana de Diabetes, que analisou uma pesquisa publicada na revista Diabetes Care e obteve resultados positivos, alcançando taxa de sucesso de 88%.

Para muitos indivíduos, a cirurgia metabólica proporciona a liberdade de abandonar medicamentos utilizados anteriormente para controlar o diabetes, eliminando assim os riscos e efeitos colaterais associados a essas terapias farmacológicas.

Em resumo, a cirurgia metabólica não só contribui para a melhoria da qualidade de vida, mas também promove o bem-estar e a longevidade do paciente.

Está pronto para melhorar sua saúde e qualidade de vida? Agende agora uma consulta com o Dr. Marcos Tadeu Rosário, especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo, mestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM) e da International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders (IFSO). 

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