A Vesícula Biliar é um pequeno órgão em forma de pêra localizado na parte inferior do fígado, no quadrante superior direito do abdômen. Sua função principal é armazenar a bile, um líquido produzido pelo fígado que ajuda na digestão de gorduras. A bile é liberada da vesícula biliar através de um ducto que se conecta ao ducto biliar comum e, em seguida, flui para o intestino delgado para ajudar na digestão de gorduras. 

Embora a vesícula biliar seja um órgão importante, ela não é considerada essencial para a sobrevivência, pois o fígado ainda produz bile mesmo após a sua remoção. Diversas patologias podem afetar essa estrutura em nosso organismo, sendo essencial buscar tratamento. Saiba mais acompanhando o conteúdo a seguir!

Quais doenças podem afetar a Vesícula Biliar?

Algumas doenças que podem afetar a vesícula biliar incluem:

  1. Cálculos biliares: são depósitos endurecidos de colesterol, bilirrubina e sais biliares que podem se formar na vesícula biliar. Eles podem causar obstruções no ducto biliar e sintomas como dor abdominal, náuseas e vômitos.
  2. Colecistite: é a inflamação aguda da vesícula, geralmente causada por uma obstrução do ducto biliar por um cálculo. Pode causar dor abdominal intensa, febre e náuseas.
  3. Coledocolitíase: é a presença de cálculos biliares no ducto biliar comum, que pode ocorrer após a passagem de um cálculo biliar da vesícula biliar para o ducto biliar. Pode causar icterícia, febre e dor abdominal.

Essas são apenas algumas das doenças que podem afetar a vesícula biliar, e o tratamento pode variar de acordo com a gravidade e a causa da doença.

Como é o tratamento de doenças da Vesícula Biliar?

O tratamento das doenças da VESÍCULA BILIAR pode variar de acordo com a gravidade e a causa da doença. Algumas opções de tratamento incluem:

  1. Cálculos biliares: os cálculos biliares podem ser tratados com medicamentos para dissolvê-los, mas geralmente é necessário removê-los cirurgicamente. A cirurgia mais comum é a colecistectomia, que envolve a remoção da vesícula biliar. Em alguns casos, a litotripsia extracorpórea por ondas de choque também pode ser uma opção de tratamento.
  2. Colecistite: o tratamento da colecistite geralmente envolve hospitalização para o controle da dor, anti-inflamatórios e antibióticos para tratar a infecção. A colecistectomia pode ser realizada após a resolução da inflamação.
  3. Coledocolitíase: os cálculos biliares no ducto biliar geralmente são tratados com colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, que envolve a remoção dos cálculos usando um endoscópio. A colecistectomia pode ser realizada após a remoção dos cálculos.

É importante lembrar que o tratamento adequado das doenças da vesícula biliar deve ser determinado por um médico especialista em cirurgia do aparelho digestivo, que avaliará a condição individual do paciente.

Como a Colecistectomia é realizada?

A colecistectomia é a cirurgia de remoção da vesícula biliar e pode ser realizada por via laparoscópica ou por cirurgia aberta.

Na técnica laparoscópica, o cirurgião faz quatro pequenas incisões no abdômen e insere um laparoscópio, um instrumento com uma câmera na ponta, para visualizar o interior da cavidade abdominal em um monitor de vídeo. Em seguida, outros instrumentos são inseridos através das outras incisões para remover a vesícula biliar. A cirurgia laparoscópica é menos invasiva do que a cirurgia aberta e tem uma recuperação mais rápida.

Na cirurgia aberta, o cirurgião faz uma incisão maior no abdômen para remover a vesícula biliar. A cirurgia aberta pode ser necessária em casos de inflamação grave da vesícula biliar, obesidade mórbida, cirurgias prévias no abdômen ou outras condições que tornem a cirurgia laparoscópica impraticável.

Como é o pós-operatório da colecistectomia?

O pós-operatório de colecistectomia pode variar dependendo da técnica cirúrgica utilizada, da gravidade da doença da vesícula biliar e do estado geral de saúde do paciente.Na maioria dos casos, após a cirurgia, o paciente é mantido em observação por algumas horas antes de ser liberado para ir para casa. É importante que o paciente siga as orientações médicas e repouse por alguns dias, evitando esforços físicos e atividades que possam colocar pressão no abdômen.

Na técnica laparoscópica, a recuperação costuma ser mais rápida, com retorno às atividades normais em cerca de uma semana. Já na cirurgia aberta, a recuperação pode ser mais demorada e exigir um período maior de repouso e cuidados especiais.

Após a cirurgia, o paciente pode apresentar alguns sintomas como dor no abdômen, náuseas e vômitos. O médico pode prescrever medicamentos para aliviar esses sintomas. Também é importante seguir uma dieta leve e evitar alimentos gordurosos ou pesados nas primeiras semanas após a cirurgia.

Em geral, a colecistectomia é uma cirurgia segura e eficaz, com baixo índice de complicações. No entanto, é importante que o paciente siga todas as orientações médicas e realize o acompanhamento pós-operatório para garantir uma boa recuperação.

É possível ter uma vida normal após a Colecistectomia?

Sim, é possível ter uma vida normal após a colecistectomia. A remoção da vesícula biliar não afeta a capacidade do corpo de digerir alimentos, pois a bile é produzida pelo fígado e continua a ser liberada no intestino delgado mesmo sem a vesícula biliar. 

No entanto, os pacientes podem ter que seguir uma dieta específica por alguns dias após a cirurgia e evitar atividades físicas intensas por um período de tempo determinado pelo cirurgião. Alguns pacientes podem ter diarreia após a cirurgia, mas isso geralmente melhora com o tempo. É importante seguir as orientações médicas para garantir uma boa recuperação e evitar complicações.

Como prevenir doenças da Vesícula Biliar?

Algumas medidas podem ajudar na prevenção de doenças da vesícula biliar, tais como:

  1. Manter uma alimentação saudável e balanceada, com baixo teor de gorduras, evitando excesso de alimentos ricos em gordura, frituras e alimentos processados;
  2. Evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
  3. Manter um peso saudável, evitando a obesidade ou o sobrepeso;
  4. Praticar atividades físicas regularmente;
  5. Evitar dietas muito restritivas e jejuns prolongados, pois isso pode aumentar o risco de formação de cálculos biliares;
  6. Beber bastante água e manter-se hidratado;
  7. Tratar prontamente doenças como diabetes e síndrome metabólica, que podem aumentar o risco de doenças da vesícula biliar;
  8. Realizar consultas médicas regulares para monitoramento e detecção precoce de doenças da vesícula biliar.

Vale lembrar que nem sempre é possível prevenir totalmente as doenças da vesícula biliar, mas adotar um estilo de vida saudável pode ajudar a reduzir o risco e manter a saúde do órgão. Em caso de sintomas ou dúvidas, é importante consultar um médico para avaliação e tratamento adequado.

O Dr. Marcos Tadeu Rosário é cirurgião do aparelho digestivo e realiza o diagnóstico e tratamento de doenças da Vesícula Biliar. Experiente, ele trabalha com muita dedicação para auxiliar seus pacientes. Entre em contato e agende a sua consulta!

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